Dashboard é verbo, não substantivo (Parte 2)
Como sempre digo: Dashboard é de humanas, não de exatas
Na postagem anterior citei as 4 etapas do processo de Dashboard (o tal dashboarding).
E o que vem a seguir? Porque depois destas 4 etapas a gente tem as respostas às perguntas e temos nossas visualizações.
A bem da verdade não é o que vem a seguir, mas sim o que está implícito ao Dashboard, mas que passa despercebido: a narrativa.
Porque o Dashboard sozinho, ali numa tela ou impresso é quase como um livro em cima de uma mesa. A não ser que você use livro só como fundo em reuniões pelo Zoom / Teams, provavelmente você vai lê-lo.
Ora, o Dashboard é a mesma coisa. Ele será “lido”. E por isso é necessário conter uma narrativa.
Se você for apresentá-lo, a narrativa é a sua apresentação, sua explicação, os insights. Se foi feito para ser “lido” de forma autônoma ele deve ter a narrativa embutida naquela peça.
Isto é, a própria disposição dos visuais naquele Dashboard precisa oferecer uma narrativa para o leitor. Os títulos (o que chamo de mensagens) dos gráficos precisam orientar o leitor dentro dela.
Imagine um troço desses aparecer no seu Dashboard:
OK, sei que exagerei. Mas mantenha o foco no gráfico, valores e em seu título. Isso aí tem dezenas de possibilidades de interpretação. Seria um livro cheio de frases soltas, sem nexo, onde cada um monta as frases na ordem em que quiser.
Quando falamos de narrativa é oferecer ao leitor apenas o necessário para a compreensão do contexto que NÓS julgamos ser o mais importante:
Ampliando isto para um Dashboard é podermos organizar nossos visuais para responderem à(s) pergunta(s) através de uma narrativa lógica e assertiva.
Então temos:
Os componentes de cada visualização (título, barras, eixos) que seriam as palavras,
As visualização seriam as frases,
A disposição das visualizações formariam os capítulos e
O Dashboard seria o livro.